segunda-feira, setembro 10

Feriado de paulista

Só não vou dizer que meu feriado foi um programa de índio porque acho que até índio teria se divertido mais que eu. Sexta feira levantei às sete da manhã, já estava com tudo pronto. Peguei a mala, meu cachorro e fomos, eu, minha mãe e Billy, felizes e contentes em direção ao mar. O feriado prometia, afinal a semana toda tinha feito um sol e calor de matar em São Paulo. E a previsão do tempo era de coisa boa lá pelo litoral.
Como fim de semana que vem é o casamento do meu primo, me exaltei com a idéia de um pouco mais de melanina para pôr por baixo do vestido.
Enfim, até chegar à Imigrantes, ok. Já tínhamos escutado no rádio que a Av. Bandeirantes estava congestionada (às 7hs da manhã!!), então resolvemos pegar a Ricardo Jafet. Quando chegamos lá, já estava tudo literalmente PA-RA-DO. Eu, em todos os meus 27 anos de praia, nunca tinha visto a Imigrantes parada desde aquele ponto. E olha que eu SEMPRE vou pra lá.
Respiramos fundo, mamy e eu, e decidimos passar por cima da ponte e pegar a Anchieta. Ótimo, a ponte estava tranquila.... ô dó. Ficamos, sem zoeira, paradas no trânsito por QUATRO HORAS só pra chegar no pedágio!!! Juro, quem conhece sabe que o caminho é curto!!! O pedágio ainda é em São Bernardo, meu Deus!!!! Tinha a serra toda pela frente!!!
Eu senti minha bexiga me dando um oi. Mamãe disse pra não responder, mas não tava rolando. Tivemos que parar num muquifinho pra eu fazer xixi. E é nessas horas que eu xingo todas as gerações de políticos, até Dom João VI, e meu sangue inglês borbulha: ODEEEEEEEEEIO fazer xixi em espelunca!!! Como eu queria ter aquele objeto tão útil masculino nessas horas, sabia!!!! Ficou em pé, afastou as pernas, abriu o zíper, colocou pra fora e pronto. Toda a tensão sai em dois segundos, em forma de jatinho. E a gente não. Faz pose de dar inveja ao homem aranha e se equilibra em cima daqueles vasos nojentos, reza pra mira ser boa e não atingir a calcinha e ainda tem que se contentar com a periquita molhada quando não tem papel. Inferno... Odeio, simplesmente odeio isso. Na Europa qualquer estrada tem posto de serviço, com banheiros limpinhos e com papel higiênico. Na Inglaterra, aliás, qualquer lugar tem um.
Enfim, fiz a porcaria do xixi e fomos de volta à aventura paulistana. Passou o pedágio e - tchãrããããã - parecia que nem era feriado. Vai entender. Tudo andava maravilhosamente e o carro chegou a 80km por hora! Mas havia uma nuvem estranha no meio do caminho... Uma nuvem que parecia um lençol sobre a serra do mar. E o painel digital dizia "Neblina. Cautela" (e eu me perguntando porque diabos alguém tinha escrito a anciã palavra "cautela" em pleno século vinte e um!!!!)
Descemos a serra bem, com cautela por causa da neblina. E quando deu pra ver a praia lá de trás das nuvens...... cadê??? A tal da nuvem sobre o litoral tinha deixado todo o céu encoberto.
Resultado: um puta sol em São Paulo, quatro horas de trânsito parado, uma hora de neblina e um dia debaixo de nuvens. Sim, porque resolvemos voltar no sábado à noite, com medo de pegar umas nove horas de trânsito no domingo.
Ledo engano. Todo mundo deve ter pensado igual. Saímos da praia às 18h e chegamos em casa as 22:30h. Diz se até índio não deve ter tido coisa mais interessante pra fazer?

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