terça-feira, abril 24

Guarda-túmulo

Hoje faleceu um grande amigo do meu pai. Mesmo depois de 25 anos da morte do meu pai, esse amigo ainda se preocupava com a gente... Que Deus o tenha, e que ele tenha encontrado meu papai lá em cima...


Condolências à parte...

Chegando no cemitério do Morumby, um guarda no portão. A gente entra com o carro e ele:
- Pois não??
Quase que eu respondi:
- Eu vim pra uma festa de aniversário, sabe me dizer onde é?
Ah, me economiza, vai!!! Ele achou que a gente ia fazer o que lá??

sexta-feira, abril 20

Doida é a vóóóóóóó!!! (ou era...)

Hahahahahaha! Depois que eu vi o comentário da Luma, resolvi esclarecer uma coisa... como o outro blog estava mais do que abandonado, muitos não devem ter lido sobre a vovó, vulga pequena cidadã inglesa insana... Pois é, muitas estórias surgiram por causa dela. Pra quem não tá entendendo bulhufas, um resuminho rápido:

A vovó era avó do David, que na época era só meu namorado. No ano em que eu morei com ele (2005), ficamos na casa da avó dele. Afinal, ele morava com ela desde os quinze anos... Conheci a vovó em 2003, quando ela ainda era quase normal. Na verdade ela teve alzheimer. Sei, mais do que ninguém o quanto essa doença é triste, minha avó também teve. Mas só quem convive com alguém que tenha Alzheimer sabe o que é que a gente enfrenta. Um ano com ela e quase quem foi internada num manicômio fui eu!!!!! Era uma gracinha, mas me tirava do sério muito mais do que era uma gracinha!!



Enfim, a vovó morreu sim. Fez um ano esse mês. Eu já estava aqui e, no fundo, fiquei arrasada! Óbvio que, apesar de tudo, eu tinha afeto por ela!!! Eu cuidei muito dela, dei muita atenção, muito mais do que a própria família... E eu fiquei arrasada de verdade, porque sei o quanto ela gostava de ser cuidada por mim e fiquei péssima por não poder estar ao seu lado na hora em que ela precisava.
O motivo da morte dela é um post a parte. Ela foi vítima de uma barbaridade, uma absurda negligência médica em plena terra da Rainha. Coisa que, acreditem se quiserem, acontece - e com frequência - na Inglaterra, principalmente com idosos. Enfim, ela tinha um câncer no estômago que nunca foi detectado ou investigado pelos médicos. Estava em estágio tão avançado que só deram morfina para ela nos últimos dias.
O David ficou um caco, dormiu com ela por duas semanas... é nessa hora que eu queria estar lá. Pra cuidar.
Tá certo que vocês só conheceram o lado LOUCO dela, a minha ira... mas existia uma cumplicidade e um carinho que eu nunca contei antes. Apesar dela só ter me reconhecido uma única vez, era eu quem a ajudava a se vestir todos os dias, quem lhe dava de comer, quem sentava com ela todas as madrugadas na cama para explicar que ainda não era de dia e ela não precisava se vestir e descer...
Foi duro pra nós dois, principalmente, que tínhamos mais contato e uma relação de amor mesmo. A família dele sempre foi negligente...
Mas é isso. Infelizmente ela se foi, mas sei que está em um lugar melhor e numa situação infinitamente melhor do que estava aqui. Deus que me perdoe, mas cheguei a desejar que ela fosse algumas vezes... não por mim, óbvio! Mas pelo simples fato de que nenhuma pessoa nesse mundo merece viver com Alzheimer em estágio avançado... a ponto de não saber quem é, onde está, o que está acontecendo... viver com medo das pessoas que no fundo lhe querem bem, sentir-se desconfortável na própria casa, achando que não a conhece. Sem saber o que é dia ou noite.
Por outro lado, para nós dois foi uma virada de página. Só eu sei o que eu enfrentei para ficar com o David... quase nenhuma mulher teria suportado a avó do namorado quase 24 horas por dia, em estágio avançadíssimo de loucura, por um ano. Quem já passou por isso sabe... Por isso que eu digo que a página virou, porque agora vamos poder, finalmente, ter uma vida só nossa. Seremos um casal.
Outro dia estava conversando com uma amiga que cuida do pai que teve derrame, em estágio quase vegetativo. E ela mesma me disse que prefere cuidar do pai assim do que ter passado pela minha situação. Entendam, cuidar de uma pessoa doente já é difícil. Imagine cuidar de um idoso sem o menor raciocínio lógico que anda, tem vontade própria, sobe e desce escada, decide ficar um mês sem tomar banho, sai na rua e não sabe voltar pra casa da porta do vizinho... não é fácil.
Mas, apesar de tudo, rezo para ela todas as noites. E sei que ela hoje, entendendo tudo o que passei, percebe que fiz tudo o que podia para que sua qualidade de vida fosse um pouco melhor.
Nunca me esqueço dessa única vez que ela me reconheceu... Ela estava chorando na sala, perdida, sem saber aonde estava e quem eram as pessoas que ela via. Num raro momento de pseudo-lucidez... eu desci, conversei com ela e expliquei que aquela era sua casa, que o David era seu neto e que nós estávamos lá para o que ela precisasse... E quando disse que eu era a namorada do David ela segurou minhas mãos, olhou nos meus olhos chorando e disse: "você eu sei bem quem é... eu nunca, nunca vou me esquecer de você e do que você faz por mim". Eu chorei e a abracei. E senti que aquele foi o momento mais verdadeiro em um ano inteirinho...
God bless her wherever she is...

quinta-feira, abril 19

Ladies and gentlemen...

Considero o blog oficialmente reativado!!!
Para os que não estão nos links, por favor me passem os links novos!

PS: Ainda estou testando o novo Blogger, se me der na telha passo pro Blogsome!! Bjos

quarta-feira, abril 18

Time 2b...

Na verdade o "Time to be" recebeu esse nome por duas razões... nada a ver com a música da Fergie. Eu até gosto a música, mas ODEIO a Fergie. O time 2b vai me dar liberdade para expressar minhas emoções. Nesse mundo louco a gente acaba criando a cada dia uma personalidade, um aprendizado, uma caricatura, um personagem... e agora é hora de eu aprender a ser uma "big girl". Tenho que aprender a amadurecer. Não que eu me considere imatura, longe disso, mas ainda tenho muito o que crescer. E quando a idade vai passando e as coisas na vida acontecendo, a gente se dá conta de que não é mais aquela menininha de ontem, que pulava, brincava, que via a vida sem compromisso... que corria para os braços da mãe na hora do medo, da febre, da dúvida.
No dia do meu aniversário de 27 anos vou completar 2 meses de casada. E hoje posso dizer que olho para trás e vejo um passado, olho para a frente e vejo um futuro. Agora é a primeira vez que eu vejo, claramente, uma linha divisória entre duas fases da minha vida. É hora de tocar o barco...

terça-feira, abril 17

Hello mundo!!!!

Pois é, não é que eu resolvi voltar??? Bom, pra quem conhecia os outros blogs, confesso que tive uma longa fase de abstinência, sem crise nenhuma. Simplesmente me encheu as picuinhas. Blog é bom quando a gente tem novidade, quando coisas acontecem, sabe! Quando tudo anda na mesma e nem mesmo você se acha, não há o que dizer. Meu ano de 2006 foi assim, meio blasé. Algumas coisas aconteceram, claro... O que eram pra ser férias de dois meses no Brasil acabaram sendo 1 ano e 4 meses até agora. Eu e minha maldita sede de planejamento... acho que tenho tudo certinho, aí vem um furacão e muda as coisas de rumo.
Enfim, 2006 foi o ano de esperar as coisas acontecerem. Literalmente ficar na janela vendo a banda passar... Consegui uns freelas até, mas continuei me sentindo meio fora do mundo. Não sabia mais se morava no Brasil ou na Inglaterra. Se a casa era da minha mãe ou se ainda era minha... Se eu trabalhava ou não.
Pra quem conhece a estória fiquei UM ANO sem ver o David. Essa foi a pior parte. Noivos, separados, mas ainda juntos. E aquele pedido de casamento em Barcelona martelou minha cabeça todos os dias de 2006 quando o comparava com a realidade... A vovózinha doida morreu. Nova página, nova vida, novos planos.
O David conseguiu vir ao Brasil exatamente no dia em que completou um ano que eu estava aqui... acabou ficando 3 meses para tirar a barriga da miséria!! Eu sabia que a gente ia superar esse ano todo separado, sempre estivemos "juntos"... mas vou te contar que não foi NADA fácil.
Essa coisa de você ficar em banho maria, sem saber o que vai acontecer, é muito complicada... E eu não sou do tipo "deixa a vida me levar, vida leva eu"... sou mais metódica, planejada, é difícil pra mim. É, eu sei que não deveria ser assim, mas não mudei nem em 4 anos de terapia!!!
Enfim, 2007 começou diferente! Com ele aqui, minha família, reveillon em Floripa e, sim, nosso tão esperado casamento!!!!! Nos casamos no civil dia 03 de março. Foi lindo, mágico, um sonho, como sempre foi a nossa estória... Faz um mês que ele voltou pra lá e eu fiquei por aqui. Culpa da maldita burocracia!!!! Visto e afins... Não sei quando eu vou, ainda. Ou seja, continuo no barco à deriva. Mas agora é diferente, é a última etapa pra gente ficar junto definitivamente!!!

Daqui a duas semanas é meu niver e - PQP - 27 anos. Já tô até dormindo de sutiã pra ver se não amassa o peito!!! Vai que cai, né!!!